segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Festas tradicionais de Santo Antônio da Patrulha

A cultura patrulhense recebeu influência de vários grupos étnicos, tais como poloneses, italianos, alemães, africanos, indígenas, mas predominamos elementos culturais de origens luso-açorianas. É desses, que se originam as seguintes manifestações culturais:

Cavalhadas
Torneio hípico. Encenação de lutas entre mouros e cristãos. Conforme tradição oral, a Cavalhada vem de Carlos Magno e dos torneios que os “Doze Pares de França” realizavam, nos momentos de descanso entre as lutas empreendidas. O município de Santo Antônio da Patrulha é reconhecido pela riqueza, esmero e fidelidade à indumentária usada pelos guerreiros. 

Terno de Reis
Portugal, país fervorosamente católico, legou às terras por ele descobertas, além da língua e da religião oficial, traços de sua religiosidade popular perpetuados pelos descendentes do primeiros povoadores. Entre esses traços encontram-se os Ternos de Reis. Esse fato é originado da fé e transmitido através das gerações pelas vozes dos “Tiradores de Reses”, que se fazem ouvir durante o período que antecede o Natal, até o dia de Reis, 06 de janeiro. Acompanhados por instrumentos musicais, ouve-se o canto característico “Meu Senhor Dono da Casa...” identificando uma região, uma comunidade ou até mesmo uma família. As letras dos Ternos referem-se em versos singelos ao nascimento do Menino Jesus, a passagens bíblicas,à fuga da Sagrada Família, à visita do Reis Magos e outros que variam de um Terno para outro, pois geralmente os Mestres são exímios improvisadores e bons conhecedores das Sagradas Escrituras, criando seus versos de acordo com o momento.Podem também abordar alguns temas da região para homenagear pessoas presentes. Alguns versos seguem um padrão e são bastante semelhantes aos cantados pelos antigos, no Arquipélago dos Açores. Antigamente, nos Açores, era costume cantarem-se as “Janeiras” no último dia do ano. Essa característica perdeu-se com o tempo, fundindo-se com as cantigas de reis que, na véspera do “Ano Novo”, saúdam também essa importante data.


Baile de Masquê
O Espetáculo de Dançarinos Mascarados. No Baile de Masquê, somente homens dançam com máscaras e alguns fantasiados de mulher. Esses bailes surgiram na Idade Média, quando os padres proibiram as pessoas de dançarem em público. Como não respeitavam, os padres permitiram somente que os homens participassem, porque achavam lascivo as mulheres dançarem em público. D. Maria I, Rainha de Portugal, em seu reinado, também proibiu mulheres de subirem aos palcos. A partir daí, começaram a surgir apresentações de rua, onde eram usadas máscaras e alguns homens vestiam-se de mulher. Dentre os “casais” que dançam o Baile de Masquê, um em especial se destaca. É o chamado “Barba de Pau”, pois usa uma roupa confeccionada por uma parasita vegetal de mesmo nome. Este casal movimenta-se de um lado para o outro e sua tarefa é vigiar os pares para evitar que engraçadinhos perturbem os movimentos. Mas quem acaba engraçando-se para todo mundo é a própria companheira do Barba de Pau. As máscaras são as mais bizarras possíveis. Nas roupas masculinas, destacam-se as bombachas floreadas, calças com listras largas, xadrez exagerado, fraque estilizado, sapato com polaina e chapéu de palha. Nas roupas femininas, destacam-se sapatos de salto alto, brincos, pulseiras, colares, perucas e vestidos longos. Todas as roupas são confeccionadas e adaptadas pelas esposas, irmãs, mães, noivas e namoradas que, na hora da apresentação, se sentem honradas em colaborar com o espetáculo.


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